Empresas

Uma empresa que mudou uma cidade

A cidade de Joinville tem por si só uma longa história de empresas que aqui nasceram e ganharam o Brasil afora, podendo citar algumas como Minancora, Tigre ,etc. Mas neste momento será mencionado um pouco a Fundição Tupy, empresa que foi fundada em na década de 30, muitos sairão de suas cidades natal para vir se aventurar trabalhando nesta fundição, outros foram convidados pela própria empresa a virem trabalha dado a escassez de mão de obra que se teve por determinada época.

Os primeiros anos

A história da TUPY segue de perto os passos da industrialização do Brasil e da cidade de Joinville, colonizada a partir da segunda metade do século XIX por imigrantes europeus, a maioria de origem germânica. Albano Schmidt, Hermann Metz e Arno Schwarz, que fundaram a TUPY em 9 de março de 1938, descendiam desses imigrantes. Albano era um homem de negócios e os sócios, pessoas que já se dedicavam a fabricar artefatos de ferro, utilizando conhecimentos rudimentares de fundição.Dez anos antes de a TUPY existir, Albano havia desafiado seus companheiros a “descobrir a fórmula do ferro fundido maleável”, utilizado na fabricação de conexões, então conhecidas no país apenas pela importação. Sem contar com recursos de laboratório ou de manuais que dessem algum indicativo de como chegar à fórmula dessa liga (originalmente descoberta em 1630, na Inglaterra), tudo era feito na base da tentativa e erro, até que em 1935 obteve-se a composição certa. Três anos depois, nas mesmas instalações de uma antiga oficina existente no centro da cidade, as primeiras conexões com a marca TUPY começaram a ser fabricadas. Em 1941 já recebiam o atestado de similaridade, o que significava serem semelhantes às estrangeiras.
Carregamento de conexões em barricas,
para transporte marítimo




A visão empreendedora

Enquanto as conexões ganhavam mercado em todo o país e se tornavam líderes em vendas, Albano Schmidt planejava a construção do que viria a ser o parque industrial do Boa Vista, para onde a TUPY começou a se transferir em 1954. A mudança acabou dando início ao próprio bairro, hoje um dos mais populosos de Joinville, e a primeira unidade de fundição, com capacidade para três mil toneladas ao ano, logo transformou a TUPY na maior empresa do Estado de Santa Catarina.


Vista Aérea da TUPY em 1954

Albano Schmidt morreu em 1958 e a Presidência da empresa foi ocupada pelo filho Hans Dieter Schmidt, então com 26 anos, mas já visto pelo pai como sucessor natural. Homem de ideias arrojadas e visão empreendedora, Dieter criou em 1959 a Escola Técnica Tupy, com o objetivo de qualificar mão de obra para fazer frente aos desafios que, acreditava ele, a indústria automobilística traria.


Vista aérea da Escola Técnica Tupy

O primeiro contrato para produção de peças automotivas havia sido firmado em 1958: tambores de freio para a Volkswagen, recém-chegada ao Brasil.Em 1963 a segunda unidade de fundição foi instalada, exclusivamente para produzir peças automotivas, e em 1972 foi criado o primeiro Centro de Pesquisa, em parceria com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Em 1975, uma terceira frente materializava a vocação da empresa para atuar no setor automotivo: a unidade de fundição de blocos e cabeçotes de motor, segmento que hoje responde por mais de 60% dos negócios da empresa.

Impacto na Cidade

Com o aumento da produção e com a rápida expansão da empresa foi preciso de mais mão de obra, visto que ainda a automatização não atingia todos os trabalhos realizados na produção, através de convite de parentes que já trabalhavam na TUPY outros vieram trabalhar e residir na cidade, vindo de várias regiões do estado, sendo que a maioria veio das cidades do Sul do estado, haja vista também o grande desastre ocorrido (a grande enchente que ocorreu na Cidade de Tubarão em 1974 ) o que teve um impacto grande na economia da região. Por vezes a empresa mandava ônibus buscar trabalhadores para serem contratados. Do estado do Paraná muitos também migraram para Joinville para o grande sonho de trabalhar nesta empresa. O que cuminol a vinda de pessoas de várias regiões foi a formação da cultura própria do local, misturando a tradição alemã por ter sido colonizada por alemães, com dos outros que aqui chegaram para trabalhar e constituir suas famílias. Hoje a cidade de Joinville e a mais populosa do estado, e uma das mais próspera. Mas como vem a prosperidade também acaba por vir a criminalidade, aonde hoje para manter os criminosos a cidade tem um complexo penitenciário aonde se tem:
- O presídio Sd Jackson dos Santos que em teoria seria para abrigar detentos provisórios, ou seja, os que ainda aguardam a condenação, o que na prática não ocorre devido a superlotação do sistema prisional do estado. Sendo esta unidade gerida 100% pelo estado.
- A Penitenciaria Industrial Jucemar Cesconeto aonde se encontra os presos condenados, tendo sua forma de gestão a co-gestão, aonde uma empresa realiza o trabalho de custódia dos detentos e fiscalizada por servidores do estado que ali trabalham.
- E se tem a área dos presos semi-abertos aonde ficam os detentos que progrediram de um regime fechado por tempo de pena cumprido e bom comportamento, progridem de regime de um mais duro a um mais brando, sendo este local também terceirizado em regime de co-gestão.

Outro grande impacto ocorrido na cidade e que devido ter uma empresa do porte da Tupy na cidade e se sabendo que ela mantêm mão de obra qualificada, foi a transformação da cidade em um polo metal-mecânico, pois as empresas viram que se instalando na cidade teriam facilidade de encontrar servidores qualificados para atender suas necessidades.

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